Aos nossos olhos passam diariamente imagens de
assassinatos de milhares de civis, na sua esmagadora maioria mulheres e
crianças, em Gaza e na Cisjordânia, ocupadas.
A barbárie desenvolvida pelo estado terrorista
de Israel, com a cumplicidade ativa dos estados Unidos e da União Europeia,
assassinou na faixa de Gaza, desde 7 de outubro de 2023, mais de 50 mil
palestinianos dos quais mais de 17 mil são crianças.
É uma brutal realidade que diariamente nos
entra pela “casa dentro” trazida por imagens recolhidas pelos diferentes meios
de comunicação social da mesma maneira que nos chegam as mais pérfidas
manifestações de insensibilidade e hipocrisia dos governantes do nosso país, da
União Europeia e da maioria dos países que a integram.
Sim, há excepções mas essas só confirmam a
regra. E sim, também entre alguns de nós, entre a maioria esmagadora que pede o
fim do genocídio e uma intervenção pela paz, alguns persistem em fingir que não
sabem, não ouvem, não veem o genocídio que decorre à nossa porta ou, ainda
pior, valorizam de forma diferente as mortes e os assassínios mediante a sua
proximidade aos criminosos e a religião, nacionalidade ou cor da pele das vítimas.
Em Portugal e na União Europeia onde nos
integramos, apesar das evidências que já ninguém consegue ignorar e que se
consubstanciam na destruição de Gaza, na proliferação de colonatos à custa da
expulsão dos palestinianos e no genocídio de todo um povo, o governo português
e a direita que o suporta, continuam entrincheirados na defesa incondicional
dos criminosos e nas acções de propaganda das suas mentiras.
No caso português essa intenção está presente
todos os dias, no branqueamento do genocídio e dos genocidas, assumido pela
comunicação social que controlam e pela acção dos papagaios, pagos, que
diariamente nos entram pela casa dentro, pelo silêncio cúmplice que assumem na
U.E no apoio prestado ao Governo terrorista de Israel e que ficou ainda mais
claro, no passado dia 12, no Parlamento, com toda a direita, desde os
extremistas do ventura aos eleitos pelo partido socialistas, estes a darem o
aval com uma posição de abstenção, a impedirem, mais uma vez, o reconhecimento
do Estado da Palestina.
Já no que respeita à União Europeia a situação
é ainda mais hipócrita. Ao mesmo tempo que os seus dirigentes enchem a boca com
a defesa dos direitos humanos e a legislação com sanções aos russos, a Cuba ou
a quem não é amigo do Tio Sam, mantêm o Acordo de Associação com Israel e
persistem na venda de armas ao regime terrorista instalado em Tel Avive.
Há algumas diferenças, é verdade. O governo de
Espanha, por exemplo, talvez por ser dirigido por um socialista, tem vindo a
exigir da UE, quer o reconhecimento da Palestina, quer o fim do comércio
(particularmente de armas) com Israel mas as exceções não podem branquear a
hipocrisia da Sra. Ursula Von der Leyen do Sr. Costa e dos seus seguidores.
É que não será possível por muito mais tempo
impor sanções à Federação Russa, já vão na 19ª, por estar em guerra com a
Ucrânia e continuar a vender armas a Israel que este usa para assassinar
crianças na Palestina;
Não será possível por muito mais tempo impedir
os europeus de ter acesso às televisões da Federação Russa e propagandear na
europa as teorias sionistas.
Não será possível por muito mais tempo, não
permitir a participação de artistas, cantores e desportistas nos eventos
ocorridos no chamado ocidente e chamar a televisão e os clubes israelitas a
integrarem como se de europeus se tratassem o Festival Europeu da Canção ou os
torneios desportivos europeus.
E, sobretudo, não lhes será possível por muito
mais tempo, portugueses e europeus, condenarem à fome os seus próprios povos
para alimentarem a guerra e os genocídios.
A rua impô-lo-á!
Diogo Júlio Serra