quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Vinha em sentido contrário...


A formiga no carreiro vinha em sentido contrário…*

As forças políticas que gostam de se assumir como “principais” andam cada vez mais nervosas.
Quer a CLIP quer o Partido Socialista têm vindo a tornar publicas as suas principais competências: A CLIP, a sua extraordinária capacidade em transformar maiorias absolutas em absolutas minorias e o PS local a sua notável habilidade para transformar vitórias “quase certas” em humilhantes derrotas.
A última demonstração foi-nos dada nas páginas do Alto Alentejo nas duas últimas edições.
Primeiro foi um ex-presidente da Assembleia Municipal eleito pelo PSD, marido da atual Presidente de Câmara a vir a terreiro, utilizando uma metáfora que já um anterior ministro das suas cores utilizara para tentar convencer-nos (baseada nas mesmas “verdades” e com os mesmos resultados de agora) que eles no poder são as formiguinhas e a oposição as cigarras madraças e, no caso de Portalegre este é um concelho maravilha que mais ninguém senão eles, conseguem ver.
Na última semana foi a vez do responsável máximo pelo PS de Portalegre, reclamar a condição de formiguinha e contar-nos a sua versão do Pinóquio do Grilo falante num concelho bem diferente do que a CLIP apregoa.
Fez o que lhe competia fazer enquanto Presidente da Concelhia de Portalegre do Partido que gosta de se afirmar como alternativa para governar Portalegre. Reconheço-lhe, como não podia deixar de ser, toda a legitimidade para o fazer, apesar de constatar que não teve a mesma firmeza (ou será lucidez?), para encontrar entre os socialistas de Portalegre alguém com competências e vontade para se bater pela Presidência do nosso concelho.
Compreendo até a necessidade que teve em incluir no último parágrafo do seu escrito uma afirmação que sabe ser mentira mas que a necessidade lhe impõe: tentar colar a CDU à política desastrosa da maioria (agora minoria) CLIP e que colocou a cidade e o concelho nos patamares atuais, mas não deixarei de lhe lembrar utilizando uma canção do Zeca, que a ser formiguinha, está em sentido contrário e lembrar-lhe que a formiguinha da canção caiu ao Tejo, caiu ao Tejo ao pé de um septuagenário!
É público que integro a candidatura CDU e todos compreenderão que é com o olhar de quem se posiciona nesta área que vejo quer as diferentes propostas e equipas em “competição” quer a obra que realizaram ao longo das mais de quatro décadas de vivência democrática na cidade e no concelho, mas é na certeza que são os cada vez mais portalegrenses que comungam deste olhar que estão a pôr tão nervosos os outros intervenientes nestas eleições.
E deixem que vos diga. Têm muitas razões para tal nervosismo.
Até dia dois de outubro! Nós, os da CDU e alguns outros candidatos (poucos) continuaremos cá a afirmar os nossos desejos e vontades. Os outros…possivelmente já terão regressado às suas “casas”!
Diogo Júlio Serra

 * publicado no Jornal do Alto Alentejo de 26-09-17