Guerras de Alecrim e Manjerona versus
confrontos entre WOKER e WOKISM
A passada de semana foi, no que à
ação política diz respeito, marcada pelo intensificar das guerras do Alecrim e
da Manjerona. No Parlamento, na comunicação social e em outros espaços onde a
versão nova da ‘política woker’ se desenvolve.
E não, a nova guerra do Alecrim e
da Manjerona, nada tem a ver com a original reclamação de apoio da música e do
canto, como a que subiu à cena no século XVIII no Teatro do Bairro Alto em
Lisboa. Guerra do Alecrim e da Manjerona porque, como a peça apresentada em
1737, é representada por meio de “marionetes”
No Plenário da Assembleia da
Republica o Presidente S.S. ‘tirou do sério’ o grupo que tantas vezes faz
lembrar-nos do bando que à altura se denominava com as iniciais do agora Presidente
do Parlamento. Nos corredores, eram um assessor do Grupo Parlamentar Socialista
e um deputado ‘especialista em tauromaquia’, a fazerem ‘tourada’ no Parlamento.
Dias antes, um ressabiado com a
ideologia que lhe iluminou a juventude e com o país que lhe estendeu o prato
que o alimentou, lançava ao jeito do que de pior tinha o ‘estalinismo’ uma nova
campanha de preconceito e de ódio.
Todas as situações, mais as
muitas outras que estão em desenvolvimento no país e no mundo, também a guerra
que decorre na Europa, têm como denominador comum serem feitas por encomenda, desenvolvidas
por ‘marionetes’ e terem como objetivo a imposição do pensamento único de
aceitação e louvor ao que denominam como os valores ocidentais.
Não há diferenças entre os que se
digladiam? Claro que há!
São grandes as diferenças entre
as práticas e o pensamento de quem é S.S. de nome ou SS de coração. Há uma
distância enorme entre um qualquer ‘milhazes’ e o Primeiro Ministro de Portugal
ou até entre o um qualquer opinador local e os megafones principescamente pagos
pela comunicação social dita de referência.
Essa distância existe também no
teatro da guerra que trouxeram para a Europa. Não há igualdade entre quem
constrói e papagueia as narrativas e os que matam e morrem no teatro de
operações ou mesmo entre os que dão a cara para enaltecerem ou para condenarem
os seus desenvolvimentos.
Essas muitas diferenças
esbatem-se, quase na totalidade, quando procuramos saber o porquê das suas
posturas e, sobretudo, quem ganha ou pensa ganhar com tudo isto.
Igualmente clara a condição de
‘marionetes’ dos principais rostos e vozes de tais ‘oponentes’ que, em última
instância, serão todos perdedores face a quem aciona os fios que os ligam e
alimenta a ideologia que os suporta: a supremacia do modus vivente do
‘ocidente’ só possível com a imposição do pensamento único ou, em último caso, a
ausência de pensamento.
Entretanto, em modo mais ligeiro,
na madrugada de domingo enquanto dormíamos um imigrante de pele negra, nascido
em Cuba mas já português por direito, sagrava-se campeão do mundo do
tripo-salto.
Talvez possamos ter aqui motivos
para reflecção durante as férias. No meu caso continuarei a cultivar a vontade
de decidir os meus próprios passos e a gritar como Régio, Não vou por aí!
Diogo Júlio Serra
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