quarta-feira, 15 de julho de 2020


Mais vale um ganhão
todo roto e remendado
que um “salta pocinhas”
de chapéu ao lado!



Em tempos de branqueamento do fascismo e das garras que o caracterizaram na ditadura e também na chamada consolidação da “democracia” muitos dos que por necessidade se “converteram” à democracia começam a perder o medo de “sair do armário “e assistimos, também no nosso distrito, a atitudes e acções que corporizam a vontade de branquear “os negros anos” e reescrever a história recente.
O “plano em marcha” passa pela “recuperação da bondade do salazarismo” utilizando a mentira para procurarem opor o que chamam de moral salazarista à corrupção existente, procurando tomar por dentro o aparelho de estado, utilizando comandos fascistas, agora chamados de nacionalistas, para controlarem as forças militares e para militares e um partido politico nascido com trafulhices a partir das organizações nazi-fascistas e alimentado com os dinheiros da corrupção que dizem querer combater.
Passa ainda pelo aproveitamento das posições que detém na comunicação social dita nacional e dos idiotas úteis que um por pouco por todo o lado por interesse material ou por vaidade replicam os ideais, as mentiras e as campanhas enganadoras com que visam o regresso ao passado.
São os aproveitamentos de descontentamentos (justíssimo) de sectores da nossa sociedade e em particular nas forças de segurança (GNR, PSP, Guardas Profissionais e outros) onde os zeros actuam e recrutam.
São as campanhas mediáticas que se aproveitam do preconceito, da desinformação e de focos reais de insegurança, para disseminarem a propaganda do ódio através do discurso xenófobo e racista.
São as diárias demonstrações, escondidas por detrás duma contemporaneidade bacoca,  menorização da nossa cultura e abastardamento da nossa língua.
São ainda as campanhas de aliciamento da direita politica, particularmente a direita democrática, para posições que ditas de combate ao que apelidam de “cultura marxista” procuram regredir direitos conquistados com o 25 de Abril, ancorados na Constituição da Republica e na Carta dos Direitos Humanos.
É inserido nesta estratégia de branqueamento que temos vindo a assistir ao recrudescer da propaganda disfarçada de literatura da reedição dum livro escrito por um salta-pocinhas da política e empregado devoto do grande capital. Saudosistas militantes da ditadura terrorista dos agrários, idiotas úteis por estes utilizados ou cidadãos que ainda não conseguiram ultrapassar os traumas “vividos” afadigam-se agora a replicar a verdade dos que por ganância e por ódio maltrataram, destruíram e mataram esta terra e este povo.
Todos conhecemos a velha táctica de defender atacando mas que não se iludam. Por mais noticias que comprem, por mais alto que gritem nunca conseguirão apagar os crimes e as mortes que originaram e entre as mais dolorosas a que cometerem no Escoural e que motivou, também em Portalegre, a 28 de Setembro de 1979 a maior manifestação indignação e dor que esta cidade já viveu.



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