quinta-feira, 21 de abril de 2011

SIM NÓS PODEMOS! BASTA QUERER.



Camaradas, Amigas e amigos.

As políticas de desastre que nos foram sendo impostas e cujo resultado é conhecido e a demissão do governo de José Sócrates trouxeram-nos a necessidade de eleições antecipadas.

Este acto eleitoral marcado para 5 de Junho é para nós, como para o todo nacional, um momento de extraordinária importância no nosso viver como povo independente e livre.

Não se trata tão só, e já seria tanto, de eleger os deputados que a partir de cada círculo eleitoral deverão garantir um novo governo e trabalhar para que possam ser concretizadas as aspirações e encontradas as melhores soluções para os problemas com que se debatem as populações e as regiões.

Não! Desta vez o que está em causa é decidirmos se vamos seguir a posição de Sócrates, do seu governo e do seu partido, de rendição absoluta às imposições do capital representado pelo FMI e pela União Europeia ou, se vamos fazer, o que por diversas vezes fizemos ao longo da nossa história de muitos séculos: levantar-nos contra o invasor, expulsar os traidores, avançar como povo soberano e livre.

Não é tarefa fácil. Trinta anos de politicas de concentração de riqueza nuns poucos, de concentração de pessoas e investimentos numa estreita faixa do território, foram condenando à pobreza um número crescente de homens e de mulheres e ao despovoamento e à desertificação um número crescente de territórios.

Camaradas, Amigas e amigos.

São estas as razões que nos colocam hoje com ainda maiores debilidades que as registadas no último processo eleitoral que realizámos há menos de 2 anos.

Neste curto espaço de tempo intensificaram-se as condições que nos têm empurrado para o título de região com a mais baixa densidade populacional.

O Distrito de Portalegre que passou dos 200 mil habitantes em 1950 para os pouco mais de 120 mil actuais viu baixar só entre Dezembro de 2009 e Dezembro de 2010 o número de eleitores em mais 1231 mantendo-se como o único círculo eleitoral do país que elege apenas 2 deputados.

É uma situação que nos impõe uma acrescida responsabilidade. É que, sendo os deputados a eleger pelo distrito um “bem escasso” têm que ser escolhidos de acordo com a necessidade que temos de voltar a ter no Parlamento a alma e a voz do distrito de Portalegre.

A CDU está consciente dessa enorme responsabilidade, até porque tem sido a CDU quem até agora tem garantido que ao Parlamento vão chegando os problemas e preocupações do distrito e das nossas gentes.

Não camaradas, não me enganei!

Como facilmente pode ser comprovado nas duas últimas legislaturas o deputado do distrito foi o deputado João Oliveira, um deputado comunista, só que eleito pelo círculo de Évora.

Os candidatos que hoje aqui apresentamos são a resposta necessária às necessidades do momento. São homens e mulheres com provas dadas na defesa dos nossos territórios e das nossas gentes. São homens e mulheres que saberão honrar os compromissos assumidos com quantos acreditam que o caminho para onde nos têm empurrado pode e deve ser invertido.

Camaradas, Amigas e amigos

O nosso distrito pode ser se o quisermos um território com futuro. É, ao contrário do que muitos nos querem fazer crer um território rico e que tem como principal riqueza as suas gentes.

As enormes dificuldades porque passamos foram-nos impostas de longe, por quem não nos conhece, nem às pessoas nem às potencialidades do território e que têm tido como antenas na região, gente que se deixa comprar por umas quantas migalhas.

As dificuldades que atravessamos são-nos impostas por quem tem negociado e aplicado politicas agrícolas que pagam aos grandes proprietários para que mantenham as terras abandonas e não apoiam os pequenos agricultores e rendeiros para que possam sobreviver nas suas pequenas parcelas; são-nos impostas por quem tem gizado e aplicado as politicas de destruição do nosso aparelho produtivo e em particular as industrias que nos afirmavam como a Alentejo da indústria: a Fino´s, a Robinson, a Jonson Control’s, a Invicar, a Delphi/Inlan, a Subercentro, a Lactogal, a Singranova e agora a fatiada Selénis.

Mantemos o que não puderam até agora tirar-nos: a riqueza ambiental e patrimonial a perseverança e o querer das nossas gentes.

Camaradas, Amigas e amigos.

Os mesmos que colocaram o país nas mãos do FMI e do Fundo Europeu colocaram o nosso distrito à beira do colapso: com mais de 10 mil pessoas sem trabalho, com muitos dos que ainda trabalham o fazem na mais absoluta precariedade, com a fome a fazer-se sentir de forma brutal em todo o distrito e em particular nas nossas cidades. Só na cidade de Portalegre 1 em cada cinco pessoas (900 famílias) tem que recorrer ao apoio de instituições de solidariedade, conforme foi recentemente denunciado por uma dessas instituições.

Mas são os mesmos, pasme-se, que voltam a lançar uma enorme cortina de propaganda querendo fazer-nos acreditar que não existe outro caminho que não seja o que nos atirou para a situação que hoje vivemos e que se não pararmos nos atirará para o desastre.

No próximo dia 5 de Junho a opção é clara.

Ou aceitamos a rendição completa ao capital nacional e internacional e continuamos a pagar com desemprego, com fome, com emigração o contínuo enriquecimento da banca nacional, da União Europeia e dos especuladores internacionais e elegemos os que por acção ou emissão pactuaram com este estado de coisas ou apostamos na ruptura com estas politicas e com estas gentes.


A CDU apresenta-se como a mais eficaz aposta na ruptura necessária.

Também aqui, podemos e vamos contribuir para a MUDANÇA!
(Intervenção do Mandatário, na apresentação da lista CDU)

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