Travar o terrorismo é missão de todos nós.
O Terrorismo
de Estado é seguramente uma das faces mais hediondas deste método de fazer a
guerra.
Ela é tanto
maior quanto for a desproporção dos meios entre vítimas e opressores e deve,
(deveria) merecer o repúdio e o combate de todos, pessoas, instituições e
países independentemente do espaço que ocupam, dos credos e ideologias que
professam, das alianças político-militares que integram ou aspiram integrar.
Quem olha para
o lado para não ver, quem (pessoas e organizações) consegue medir de forma
desigual atrocidades idênticas, quem é cúmplice pelo silêncio ou por ações de
apoio material e moral não pode ser tratado de forma diferente dos que
materialmente desenvolvem ações terroristas.
O genocídio do
povo palestino e o arrasar das suas cidades, monumentos e símbolos, o atear
deliberado da guerra em todo o médio oriente e o procurar generalizá-la por
todos os continentes é um crime repugnante que deveria merecer uma profunda
censura e geral condenação por parte da comunidade internacional.
Não é isso a
que assistimos para com o Estado de Israel e os terroristas que o controlam.
Não é, também, essa a postura para quantos lhe garantem o “colinho”, lhe
fornecem armamento que usam no genocídio dos palestinianos, nas ações
terroristas em todo o território que ocupam e no levar da guerra aos países
limítrofes sejam o Líbano, a Síria ou o Irão. Bem pelo contrário. O chamado
ocidente alargado (nome inventado para dizer Estados Unidos da América e seus
satélites) não se limita a olhar para o lado face aos atos ilegais e desumanos
de Benjamin Netanyahu e das suas gentes, incentiva, protege e arma mesmo quando
face à gravidade dos crimes tem de dizer em publico coisa diferente do que faz.
E é esse
“colinho” dado pelo Tio Sam que permite a Israel, ao seu governo e ao seu
exército assassinar mulheres e crianças (quase 50 mil em Gaza), na Cisjordânia,
no Líbano, na Síria e no Irão, ou, pasme-se atacar militarmente as forças das
Nações Unidas e declarar “persona non grata” o seu Secretário-Geral, no caso o
nosso conterrâneo António Guterres.
Também aqui,
os sempre tão sensíveis apoiantes da “democracia” anichados numa “tal de União
Europeia” não vislumbram qualquer ato censurável: quais TPIs, quais mandados de
captura internacional, quais sanções ao país e aos seus mandantes? Por maiores
e mais hediondos que sejam os crimes praticados não só não há censura como
continuam os fornecimentos de armamento usado para o genocídio e o conforto
moral nos areópagos internacionais.
Em todo este
processo a postura do Estado Português é ilustrativa dos valores que o norteiam
e da total subordinação a interesses e ditames que nada tem a ver com o
interesse nacional.
Vejamos:
Continua a não
reconhecer o Estado da Palestina, não só não condena a postura terrorista de
Israel como lhe fornece armamento, continua a apoiar a ocupação da Palestina e
o genocídio dos palestinianos.
O Estado
português tão lesto a reconhecer os heróis que lhes impõe o imperialismo não
tem coragem para levantar um dedo (ou um grito) para apoiar o Secretário-Geral
da ONU, cidadão português e ex-primeiro-ministro destratado pelo governo
sionista de Israel.
Seria assim se
fosse um dirigente russo, ou venezuelano, ou chinês, ou cubano, ou…
possivelmente não e não o seria pelas qualidades ou defeitos de cada um. Não o
seria porque assim lho teriam ordenado as senhoras von der Leyen ou os Tios Sam
deste mundo.
Até quando?
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