quarta-feira, 16 de outubro de 2024

Travar o terrorismo é missão de todos nós.

 




Travar o terrorismo é missão de todos nós.


O Terrorismo de Estado é seguramente uma das faces mais hediondas deste método de fazer a guerra.

Ela é tanto maior quanto for a desproporção dos meios entre vítimas e opressores e deve, (deveria) merecer o repúdio e o combate de todos, pessoas, instituições e países independentemente do espaço que ocupam, dos credos e ideologias que professam, das alianças político-militares que integram ou aspiram integrar.

Quem olha para o lado para não ver, quem (pessoas e organizações) consegue medir de forma desigual atrocidades idênticas, quem é cúmplice pelo silêncio ou por ações de apoio material e moral não pode ser tratado de forma diferente dos que materialmente desenvolvem ações terroristas.

O genocídio do povo palestino e o arrasar das suas cidades, monumentos e símbolos, o atear deliberado da guerra em todo o médio oriente e o procurar generalizá-la por todos os continentes é um crime repugnante que deveria merecer uma profunda censura e geral condenação por parte da comunidade internacional.

Não é isso a que assistimos para com o Estado de Israel e os terroristas que o controlam. Não é, também, essa a postura para quantos lhe garantem o “colinho”, lhe fornecem armamento que usam no genocídio dos palestinianos, nas ações terroristas em todo o território que ocupam e no levar da guerra aos países limítrofes sejam o Líbano, a Síria ou o Irão. Bem pelo contrário. O chamado ocidente alargado (nome inventado para dizer Estados Unidos da América e seus satélites) não se limita a olhar para o lado face aos atos ilegais e desumanos de Benjamin Netanyahu e das suas gentes, incentiva, protege e arma mesmo quando face à gravidade dos crimes tem de dizer em publico coisa diferente do que faz.

E é esse “colinho” dado pelo Tio Sam que permite a Israel, ao seu governo e ao seu exército assassinar mulheres e crianças (quase 50 mil em Gaza), na Cisjordânia, no Líbano, na Síria e no Irão, ou, pasme-se atacar militarmente as forças das Nações Unidas e declarar “persona non grata” o seu Secretário-Geral, no caso o nosso conterrâneo António Guterres.

Também aqui, os sempre tão sensíveis apoiantes da “democracia” anichados numa “tal de União Europeia” não vislumbram qualquer ato censurável: quais TPIs, quais mandados de captura internacional, quais sanções ao país e aos seus mandantes? Por maiores e mais hediondos que sejam os crimes praticados não só não há censura como continuam os fornecimentos de armamento usado para o genocídio e o conforto moral nos areópagos internacionais.

Em todo este processo a postura do Estado Português é ilustrativa dos valores que o norteiam e da total subordinação a interesses e ditames que nada tem a ver com o interesse nacional.

Vejamos:

Continua a não reconhecer o Estado da Palestina, não só não condena a postura terrorista de Israel como lhe fornece armamento, continua a apoiar a ocupação da Palestina e o genocídio dos palestinianos.

O Estado português tão lesto a reconhecer os heróis que lhes impõe o imperialismo não tem coragem para levantar um dedo (ou um grito) para apoiar o Secretário-Geral da ONU, cidadão português e ex-primeiro-ministro destratado pelo governo sionista de Israel.

Seria assim se fosse um dirigente russo, ou venezuelano, ou chinês, ou cubano, ou… possivelmente não e não o seria pelas qualidades ou defeitos de cada um. Não o seria porque assim lho teriam ordenado as senhoras von der Leyen ou os Tios Sam deste mundo.

Até quando?

 

 

 

 

 

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