Façamos Guerra à Guerra. Construamos a
PAZ!
“À guerra não ligues meia
Porque alguns grandes da terra
Vendo a guerra em terra alheia
Não querem que acabe a
guerra.”
Cumpre-se
hoje, data em que escrevo, um ano desde o dia em que o exército russo invadiu a
Ucrânia dando inicio ao que a Federação Russa apelidou de “operação especial para a desmilitarização e desnazificação da Ucrânia” e acabar com oito anos de
guerra”.
Mais um
capítulo do que sabemos hoje, dolorosamente, tratar-se de uma guerra entre a
Rússia e o chamado Ocidente alargado (USA, Nato, EU). Uma guerra (mais uma) em
que os falcões nos arrastaram e que volta a ter como palco o território
europeu.
O “saldo” em
mortes, destruição e pobreza ilustra a dimensão da tragédia e os “pagantes” são,
como sempre, as populações dos territórios dilacerados, mais as vitimas dos
chamados danos colaterais: as populações dos países, como Portugal, a quem o
esforço belicista rouba o pão, o sossego e a segurança, atiçam e estimula ódios
de um passado que muitos de nós não esquecemos.
Esta guerra
que muitos portugueses só descobriram quando da invasão da Ucrânia pelas tropas
russas ou quando os megafones do capital iniciaram a propaganda do ódio, tem
por detrás vários anos de confrontações e de mortes.
É um processo
que em nada difere do que foi montado na Jugoslávia, no Iraque, na América
Latina ou que ainda decorre na Síria e na Palestina.
Na Ucrânia
foram usados as mesmas “velhas” receitas: agitação social e violência orientada
contra os poderes que não se submetem às diretrizes dos falcões, injeções de
dinheiro para quem trai, rotulagem e sanções para quem resiste e de caminho,
rapina de bens dos “inimigos”.
Todos
conhecemos o processo. Foi usado nos Balcãs para destruir a Jugoslávia, na
Síria, no Afeganistão e no Irão inventando nacionalismo ou criando o Daesh. Foi
igual na Líbia inventando as revoluções coloridas, no Perú e na Bolívia e no
Brasil derrubando os Presidentes eleitos e no Brasil impedindo Lula de
concorrer e ganhar as eleições, na Venezuela inventando Gaidós, na Bielorrússia
fabricando agitação “democrática”.
Na Ucrânia
usaram métodos que nós portugueses conhecemos bem: o assalto à Casa dos
Sindicatos, incendiando-a queimando vivos os 39 sindicalistas que a defendiam
tem a marca fascista que em Braga incendiou o Centro de Trabalho do PCP, dos
assaltos e das bombas que o fascismo aqui semeou em 1975/6.
Ali, como por cá, eram pró-russos todos
quantos se lhes opunham. Ali como por cá, todos sabiam quem eram os
responsáveis mas nunca foram julgados. Ali, como por cá já se ensaia, são pró-
russos os que se opõem à tentativa de hegemonização do imperialismo.
Hoje, quando
é claríssima a necessidade de garantir a Paz é também conhecida a principal
razão do seu início e manutenção: garantir o enfraquecimento estratégico da
Federação Russa. São as autoridades norte-americanas quem o afirma e, talvez,
seja essa a principal justificação para que se diabolizem todas as tentativas
de garantir a PAZ se “descarreguem “ cada vez mais armas no teatro da guerra,
se diabolizem e se rotulem de pró-russos todos os que exigem a PAZ.
O nosso país,
que tenta sempre ser o menino obediente face às ordens de Ianques e U.E, aí
está a canalizar o seu esforço para alimentar a máquina de guerra que o seu
povo (nós) pagamos em inflação galopante, em aumento escandaloso dos preços de
primeira necessidade, em perda acelerada do poder de compra a aumento
exponencial da pobreza já bem visível por todo o território.
O Presidente
da Republica dá o “toque final” ao decidir atribuir a Ordem da Liberdade ao
“manajeiro” de tal estratégia em vez de homenagear os que sofrem com tais
acções, os povos da Ucrânia e das regiões russófonas do Donbass.
Até quando?
Diogo Serra
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