Os Bufos – uma fauna
desprezível que se mantem actuante!
Não
me refiro, é óbvio aos batráquios como o bufo Alvarius ou às aves como o Bufo
Real. Refiro-me aos humanos. Esses humanos desprezíveis que durante a ditadura
terrorista dos monopólios e dos agrários alimentavam a PIDE (ostentando este
nome ou disfarçada de DGS), que nunca foram detidos e, como afirmou Irene
Pimentel continuaram clandestinos, no seio da população e hoje, os mesmos ou os
seus discípulos aí se mantem escondidos mas actuantes.
Lidei
de perto com esta espécie de gente (só o soube mais tarde) quando ao serviço do
Jornal a Rabeca.
Nesse
tempo e nesse Jornal então a voz da oposição no distrito uma “dessas coisas”
vivia infiltrado, informando a PIDE sobre o que ali se vivia e tudo, pasme-se a
troco da sua incontida vaidade que o queria feito árbitro de escalão superior.
Seria publicamente desmascarado quando, ostentando o estatuto que não tinha, se
sentava em praça pública entre os dirigentes de uma organização politica que
dirigira a luta pela democracia.
Nesse
Maio de 74 pensei ser a última vez que me confrontaria com “tal gente”. Estava
enganado.
Quarenta
e seis anos depois sou confrontado com as suas práticas cobardes. Com a mesma
rasteira atitude e também, tal como dantes, escondidos por detrás da máscara de
boa gente, de democratas…
É
óbvio que não quererão ser conhecidos e muito menos como “bufos” continuarão
escondidos e a intitularem-se como os melhores e mais puros. Todavia, bem lá no
fundo sabem como eu sei que são uns escroques. Chamemos-lhe Bufos, Delatores,
Informadores ou, ainda mais “fino” whistleblowers. Serão sempre, uma vergonha de
gente!
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