quarta-feira, 28 de novembro de 2018

Devolver a cidade aos Portalegrenses!


Devolver a cidade aos portalegrenses.
A zona histórica da nossa cidade apresenta, como bem sabemos, graves debilidades no que à conservação e à segurança respeitam.
O edifício encostado à Direcção Regional de Finanças e que já foi sede distrital do Banco de Portugal é um dos casos mais visíveis da degradação que atinge vários edifícios da cidade, na sua maioria propriedade do município.
João Trindade, jornalista e cidadão empenhado na defesa da cidade, numa curta nota publicada neste jornal mostrava a sua indignação face ao estado a que chegou aquele edifício situado no Largo da Fonte da Boneca e que foi desde 1905 a sede de uma das mais emblemáticas associações da cidade: A Sociedade União Operária, a primeira associação não mutualista que nasceu ainda no século XIX na cidade operária de então e que organizou as primeiras comemorações do 1º de Maio em Portalegre.
Não se limita, todavia, a mostrar-nos a sua indignação. Na nota publicada avança com propostas para solucionar aquela degradante situação: recuperar o edifício e instalar ali a sede social do CCD dos trabalhadores do município.
Compartilho as preocupações e a proposta apresentada que a serem aceites resolver-nos-ia diversos problemas:
- Colocaria um ponto final àquela imagem degradante que há anos se nos impõe e que desqualifica um dos largos mais bonitos da nossa zona histórica ao conflituar com edifícios de grande interesse arquitectónico como o são o Palácio Barahona e as janelas manuelinas do Palácio de D. Nuno de Sousa;
- Resolveria, e bem, a justíssima reivindicação dos trabalhadores do município e do CCD que aspiram e merecem ter um espaço condigno e estável para as suas actividades.
- Permitiria ao Executivo Municipal e à cidade a necessária demolição do edifício em ruínas colado à Barbacã e onde, dizem-nos que por distração o Executivo decidiu instalar o CCD dos trabalhadores do município.
- Contribuiria para o urgente reanimar da zona histórica e em particular o eixo Praça da República/Rua do Comércio.
É consensual que a gestão do município não pode, nem deve, ser concretizada à peça, ou pelo que se diz e escreve na comunicação ou nas redes sociais, mas também deveria, penso, obter o mesmo consenso a necessidade do Executivo “ouvir” para além das paredes do Convento de S. Bartolomeu.

Esperemos!

Publicado no Jornal Alto Alentejo de 28-11-2018

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