quarta-feira, 30 de março de 2016

ALENTEJO - Um Povo, uma Cultura, uma Região

Alentejo - um Povo, uma Cultura, uma Região.

Diogo Serra*

Tróia acolherá no próximo dia 2 de Abril o Congresso dos Alentejanos, agrupados no AMALENTEJO.
Não são, local e data, escolhas de mero acaso.
 O local é a parte do território alentejano mais próximo “do lugar onde tudo se decide” e, coincidência ou não, foi igualmente em Tróia que teve lugar a primeira tentativa de construção de uma alternativa ao poder absoluto do governo centralista. Quanto à data ela tem a ver com a manifestada intenção dos organizadores de assinalarem o 40º aniversário da Constituição da Republica Portuguesa e de homenagearem o Poder Local Democrático.
Igualmente importante a escolha desta data quando uma das exigências a levar ao Congresso será o cumprimento do disposto Constitucional no que se refere ao Poder Local – instituindo o terceiro pilar desse poder – as Regiões Administrativas.
O Congresso que se quer ponto de partida para uma intervenção cidadã que pela força do razão e da unidade dos alentejanos e alentejanas, consiga dotar a região com as ferramentas e as vontades capazes de alterar o caminho de paralisia económica e desmotivação social para onde as politicas centralistas nos têm empurrado é o culminar de uma caminhada de um ano, feita em conjunto por um significativo número de alentejanos e alentejanas que tem como denominador comum o seu amor ao Alentejo.
Fruto dessa vontade o AMALENTEJO conta já com quase uma centena de adesões coletivas formalizadas entre as quais as quatro Comunidades Intermunicipais Alentejanas e dezenas de Municípios de todo o Alentejo, nuns casos através da adesão das Câmaras Municipais noutros através da adesão das Assembleias Municipais.
São igualmente em número crescente as Juntas de Freguesia 
Mas não são apenas autarquias. O AMALENTEJO conta já, igualmente, com a adesão de importantes estruturas sindicais como as Uniões Sindicais do Distrito de Beja, Évora e Portalegre, da UGT de Beja, do Sindicato dos Professores da Zona Sul e da Direcção Regional do Alentejo do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses.
O Instituto Politécnico de Beja, Casa do Alentejo, Associação de Defesa do Património de Mértola - ADPM, o Diário do Alentejo, o Núcleo de Beja da CPPME (Confederação Portuguesa das Pequenas e Médias Empresas), a Cooperativa Cultural Alentejana e a Associação de Municípios para a Gestão da Água Publica no Alentejo constam igualmente entre as adesões coletivas registadas.
A juntar às adesões de entidades as cerca de 300 adesões individuais já registadas.
De grande significado político o facto da adesão das instituições aderentes, ter sido, excepto num caso, aprovada por unanimidade ou sem votos contra. Tal revela o largo consenso existente na sociedade alentejana quanto à necessidade de defender, valorizar e aprofundar o Poder Local Democrático que já temos – Freguesias e Municípios, a consciência do seu importante papel para a melhoria da qualidade de vida das populações e do seu inegável contributo para a criação das condições básicas para o desenvolvimento económico, social e cultural do Alentejo.
Revela também uma profunda compreensão quanto à importância e necessidade da existência de um Poder Regional Democrático, Plural, Representativo e Transparente que substitua com vantagem e sem aumento dos custos, o poder regional existente que não passa de uma extensão da Administração Central.

O Distrito de Portalegre não tem estado de fora deste movimento. A prova-lo a presença de onze personalidades na Comissão Promotora e a adesão confirmada de significativas instituições com sede no distrito quer no seio do AMALENTEJO, quer no Congresso de Tróia.

* membro da Comissão Promotora do AMAlentejo

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