quinta-feira, 19 de maio de 2011

Que vergonha, Presidente!




A Câmara Municipal de Portalegre atribuíu por proposta do seu Presidente a Medalha de Ouro da Cidade ao deputado Miranda Calha.


Sendo conhecido o trabalho que este político tem desenvolvivo a favor da região e de Portalegre em particular a medalha de ouro da cidade deveria ter sido atribuída não a Miranda Calha mas ao distrito do Porto e à direcção do Partido Socialista: o primeira por aceitar ficar com menos um deputado do que aqueles que conseguir eleger e a segunda por ter conseguido fazer aquilo que os norte alentejanos não conseguiram em três décadas.


Quanto à decisão do Municipio de Portalegre e à proposta do seu Presidente à afirmação de que as mesmas nos deixam descontentes mas não surpreendem.


Descontentes porque a homenagem negada a ilustres portalegrenses que muito deram à cidade e à região foi agora concedida a quem, pasme-se, foi incluído no grupo de deputados que na última legislatura praticamente não teve qualquer actividade parlamentar, que ao longo de décadas contribuiu decisivamente para o desastre que paira sobre a nossa região.


Surpreendidos não. Mata Cáceres já nos habituou a homenagear governantes socialistas que meses depois apelida de mentirosos e, quem sabe, esta homenagem a Miranda Calha não seja uma forma de não aparecer sózinho (Mata Cáceres) com o título de Presidente da Comissão Liquidatária do concelho e da cidade.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

" NÃO HÁ FOME QUE NÃO DÊ EM FARTURA!"



Diz o nosso povo que "não há fome que não dê em fartura". Depois de 6 anos de total abandono por parte dos governantes eis que o Norte Alentejano passou a estar na rota dos membros do governo que quase se atropelam na ânsia de se mostrarem.

Foram governantes a fazerem 400 km para virem "doar" quatro computadores fornecidos pela tal empresa que tinha dívidas ao fisco, foram governantes a "abençarem" o lançamento de primeiras pedras e foram (caso da Ministra da Saúde) governantes à pedrada aos/às norte-alentejanos/as.

Uns vinham sozinhos, outros/as traziam pela mão o cabeça de lista do PS, também ele membro deste governo, outros repetem-se em cada semana. É o caso, de novo, da ministra Ana Jorge que não conseguiu resistir aos encantos das nossas gentes mais de uma semana e cá voltou hoje, desta vez a Elvas fazer mais uma inauguração.

Não esteve só. Também em Elvas esteve o Ministro da Agricultura a mostrar-se e, quem sabe, a tentar fazer-nos esquecer as culpas do governo e do seu partido, na destruição da nossa agricultura.

Com tantos ministros a percorrerem as nossas estradas é expectável que deixemos de ser a única cidade capital de distrito a não ser servida por auto-estrada, é que agora já não seremos apenas os norte-alentejanos a recordar a José Sócrates que a Portalegre ninguém chega pela auto-estrada.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

O Norte Alentejano está na moda?




Desde que José Sócrates decidiu que estava na hora do seu governo apresentar a demissão o distrito de Portalegre passou a estar no Roteiro do Governo.

Nos últimos dias a "coisa" tem-se acentuado ou por um serôdio amor pelo distrito, ou porque o Secretário de Estado que se apresenta como candidato pelo distrito precisa de conhecer pelo menos as estradas não vá cometer o mesmo erro do seu Primeiro Ministro que não sabia que Portalegre não era servida por auto-estrada.
Não interessa, o que é preciso registar é que agora não se passa um dia que não tenhamos o prazer de ter um membro do governo por perto: a Ministra da Educação para apreciar como funcional as actividades extra-curriculares, o Secretário do Estado do Desporto a ofertar-nos quatro "magalhães", a Ministra da Saúde a comunicar-nos que estava indignada por dizermos que não gostamos que nos "destruam" o hospital; o Secretário de Estado da Saúde (anunciado mas ausente) a testemunhar em Elvas como destruindo os centros de saúde e criando unidades de saúde familiar fic amos na mesma mas melhor e por último (até hoje) a Senhora Ministra do Trabalho mais o candidato do PS por Portalegre, que também é Secretário de Estado a visitarem Arronches, Ponte de Sôr e Alpalhão.
Os mais resignados pensarão: "mal vale tarde que nunca". Afinal não arranjou tempo nem vontade para travar os encerramentos da Delphi e da Subercentro - em Ponte de Sôr, da AZEMO - em Arronches e da Singranova - em Alpalhão mas vem agora ver como pode ajudar.
Engano deles. A senhora ministra passou por esses concelhos, presumivelmente esteve à porta dessas empresas mas nem uma palavra para os trabalhadores e suas famílias que foram atirados para o desemprego e, muitos deles, com muitos salários por receber.
E eu, que destas coisas procuro ter uma visão optimista, permito-me pensar: ainda bem que não veio tratar destas empresas porque o Secretário de Estado que vinha com ela de uma das poucas vezes que tratou de coisas de Portalegre foi para, em conluio com Mata Cáceres, apressar o fim da Sociedade Corticeira Robinson.

domingo, 1 de maio de 2011






Dizem que vivemos acima das possibilidades, que todos vivemos acima das possibilidades …
Égrande a propaganda, mas será que é assim?






  • Os 30 mil pensionistas do distrito de Portalegre que auferem pensões médias de 337 euros (no país a média é 403 euros) vivem acima das suas possibilidades?



  • Os quase 10 mil desempregados, dos quais apenas 3.452 recebem subsídio de desemprego com um valor médio de 517 euros, vivem acima das possibilidades?



  • Os cerca de 30 mil trabalhadores por conta de outrem cuja remuneração mensal média era em 2009 de 727 euros e que um numero significativo de trabalhadores, particularmente os jovens, com vínculo precário, vivem com o salário mínimo ou menos, vivem acima das suas possibilidades?



Não.Não são os trabalhadores, os jovens, os desempregados, nem os pensionistas e reformados, nem os micro e pequenos empresários que vivem acima das possibilidades!




Acima das possibilidades vivem os que duplicaram, só no último ano, os lucros para valores escandalosos, à custa da exploração do povo português.
Esses são os grandes accionistas e o grande patronato, entre os quais os detentores das grandes grupos económicos da distribuição alimentar - caso dos Modelo/Continente, do Pingo Doce e das cadeias Intermarché e E. Leclerque, que depois de destruírem o comércio tradicional, apostam agora na destruição dos direitos dos trabalhadores e lançam hoje baterias para destruírem o dia Internacional do Trabalhador, como feriado Nacional.