quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Deixem passar esta linda brincadeira...


Mata Cáceres e a maioria que o apoia demonstraram, mais uma vez, o pouco apreço que têm quer pela Assembleia Municipal e o seu Regulamento quer pelas leis do país.
Em desrespeito contínuo pelas forças políticas que se lhe opõem e pela própria Assembleia o Executivo liderado por Mata Cáceres voltou a impor na última Assembleia Municipal que esta aprovasse assuntos não agendados para aquela sessão e que foram disponibilizados aos deputados municipais só no início dos trabalhos.
Não é a primeira vez que tal acontece. No actual mandato não houve praticamente nenhuma sessão, em que o executivo não brinde os eleitos com um pacote de assuntos não incluídos na agenda, porque não entregues em tempo útil à Mesa da Assembleia Municipal. Só que desta vez a importância dos temas levava a pensar menos em incompetência e mais em golpada: entre a dezena e meia de assuntos enviados à última hora encontravam-se as Grandes Opções do Plano e... mais dois empréstimos.
As diferentes bancadas (todas) não aceitaram bem esta forma de entender a democracia e procuraram com a Mesa da Assembleia uma forma de, por um lado poderem discutir e deliberar em tempo útil os temas incluídos no "pacote última hora" e por outro permitirem que todos os eleitos pudessem dispor do tempo mínimo necessário a conhecer as propostas do Executivo.
Foi a ostensiva pressão do Presidente da Câmara que levou a bancada da maioria a impor a discussão dos assuntos fora de agenda e, fruto dessa decisão, a impor às restantes bancadas o seu alheamento da "discussão" e votação do Orçamento e das Grandes Opções do Plano.
E assim, o PSD e Mata Cáceres puderam, sozinhos, "discutir" e aprovar o Orçamento, as Grandes Opções do Plano e mais dois "empréstimozitos".
Para que o encerrar (político) de 2008 pudesse ser considerado à moda da Madeira, só faltou o Bailinho.

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