segunda-feira, 8 de julho de 2019

Apresentação da Cabeça de Lista e do Mandatário da CDU




Saudação a todos e todas!
Os que estão e os que hão-de chegar
Permitam-me que num gesto de alegria e vaidade possa partilhar convosco o orgulho enorme em esta aqui.
E sobretudo pelo reconhecimento de que a CDU ao convidar-me para mandatário distrital da sua candidatura por Portalegre, me ter dado a honra de poder continuar a intervir,  com o meu modesto contributo, para podermos um dia concretizar o sonho de podermos viver e trabalhar no território onde nascemos ou que elegemos para viver e, também para, a partir daqui intervirmos na construção do País que sonhámos e queremos: Livre, Democrático, Soberano e Justo!
Hoje é para mim e penso, sê-lo-á também para o nosso distrito, um dia de grande significado por três motivos diferentes:
·         1º Portalegre, mais propriamente o nosso IPP acolhe hoje e amanhã, uma importante iniciativa: A MOSTRA  - economia circular;
·         2º A União dos Sindicatos do Norte Alentejano – Estrutura sindical de classe e polo de resistência e construção de futuro, comemora o seu 44º aniversário;
·         3º Aqui e agora damos início a um caminho que pretendemos nos leve a dar vida e voz ao Norte Alentejano e coloque na assembleia da república (de forma directa) as aspirações e propostas do distrito de Portalegre.
Hoje estivemos aqui aqui, para iniciar um caminho que pretendemos nos leve a retomar no Parlamento o lugar que ambicionamos e merecemos.
Ambicionamos porque reconhecemos que não serão os executores ou apoiantes das políticas cujos resultados bem conhecemos os mais indicados ou capazes de alterar o rumo para onde nos tem conduzido.
Merecemos porque temos dado sobejas provas de trabalho, de honestidade e competência em defesa das políticas que defendemos e o distrito precisa.
Quarenta e cinco anos depois do Abril que permitiu todos os sonhos, o nosso distrito está atirado para uma situação de quase não retorno aos caminhos do desenvolvimento e da prosperidade.
A situação demográfica é um nítido retrato.
Entre 1960 e 2015 o distrito de Portalegre perdeu 17.992 habitantes que percentualmente quase atinge os 10% (9,54%) mas que pode ser referido de forma mais drástica:
Durante este período a perda de população corresponde à totalidade da população (ao dia de hoje) dos concelhos de: Portalegre - 23.175; Elvas-21.571; Ponte de Sôr - 15.709; Campo Maior - 8.214; Nisa - 6.649 e Monforte - 3.129.
Ou, dito de outra maneiras as perdas sofridas correspondem a cerca de 70% da população actual.
 Uma situação que se irá agravar estimando-se que em 2021 tenhamos apenas 109.994 habitantes.
Este retrato (e ao contrário do que muitas vezes nos querem fazer crer) é a consequência das políticas erradas ou deliberadamente decididas contra o chamado interior que, no nosso caso, é o interior do interior.
Este retrato é o resultado da destruição do nosso aparelho produtivo:
De cidade industrial passamos a cidade de arqueologia industrial. De território agrícola e de produtos de excelência a território diariamente envenenado.
Um território de onde são retirados os serviços públicos, encerradas as vias ferroviárias e esquecidas as rodovias, e onde, as políticas demissionistas do Estado Central impuseram um deserto de gente, de serviços.
Um distrito onde às escolas, aos serviços postais, aos centros de saúde e às juntas de freguesia que fugiram das aldeias, juntamos o que retiraram das nossas cidades:
O governo civil (trocado pela Regionalização que nunca mais chega), os hospitais que já foram de referência e agora agonizam sem meios, sem gentes e particularmente sem rumo nem timoneiro. (ainda ontem isso mesmo foi dito à Comissão Parlamentar de Saúde).
Os inúmeros serviços públicos encerrados ou deslocalizados, que colocam barreiras a quem cá vive ou aspira a viver
Este é o Estado a que chegámos e que importa alterar!
Na passada 2ª feira, muitos de nós estivemos em Castelo de Vide a assinalar os 75 anos do nascimento de um Capitão de Abril, o Capitão Salgueiro Maia.
Pudemos relembrar a forma como anunciou aos militares sob o seu comando os objectivos do MFA e da coluna que iria comandar:
Iam a Lisboa, disse então, derrubar O ESTADO A QUE ISTO CHEGOU!
Pois bem. Para todo o distrito de Portalegre é preciso seguir tal exemplo. É preciso pôr fim ao estado a que isto chegou. Para que o consigamos, já não é necessário marchar com armas sobre lisboa mas é fundamental a mesma vontade e a mesma coragem para fazermos o que tem que ser feito!
É absolutamente necessário marcharmos (no nosso território) para, porta a porta, eleitor a eleitor, com a palavra e o convencimento derrotarmos o preconceito e o desânimo.
Para pôr no parlamento, através da Manuela Cunha, a voz e os sonhos do distrito de Portalegre!
AVANÇAR É PRECISO!
VIVA A CDU!
(Intervenção de Diogo Serra - Mandatário distrital)

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