segunda-feira, 13 de novembro de 2017

PORTALEGRE, Cidade Branca,

     

      Portalegre, cidade branca é para muitos portalegrenses, os menos moços, uma imagem de tempos idos. Os mais jovens não têm sequer a menor ideia das razões deste título.
     Os últimos tempos, a falta de civismo de muitos e o "desinteresse" da autarquia transformaram a "cidade branca" numa quase lixeira a céu aberto onde a sujidade das ruas, a decadência de muitas construções a falta de manutenção dos contentores e ilhas ecológicas, o cheiro nauseabundo sentido em algumas artérias da cidade competiam para nos colocarem em patamares terceiro-mundistas reforçados pela ausência de manutenção do mobiliário urbano, das zonas verdes e nos parques e jardins da cidade.
     Como estava distante a cidade branca que os vereadores Adriano Capote e Casimiro Menezes mantinham impecavelmente limpa. 
     Mesmo assim e apesar das manifestações de indignação que passaram a invadir as redes sociais tal situação não foi suficiente para derrotar o preconceito e, por isso, as últimas eleições autárquicas continuaram a apostar em soluções diferentes das preconizadas pela candidatura que dava continuidade à acção desses vereadores.
     Todavia, fruto dos resultados eleitorais terem negado as maiorias absolutas e ser necessário garantir a governabilidade do concelho, o vereador eleito pela CDU (a força política que permitira a eleição dos vereadores atrás lembrados), assumiu a responsabilidade (entre outras) de garantir a cada portalegrense e a quem nos visita uma cidade de cara lavada e o direito a usufruirmos os nossos parques e jardins.
     Foi há uma semana mas algumas diferenças já se fazem sentir. As ilhas ecológicas apareceram de cara lavada e com muitas das mazelas (falta de tampas) saradas, alguns espaços verdes, especialmente em algumas das rotundas da cidade começaram a ter a relva aparada e, talvez o principal, os trabalhadores do sector começaram a sentir que agora têm um vereador visível, presente, disponível, motivado e motivador.
     Isto basta? Claro que não!
     Reconstruir a cidade branca passa pela autarquia e as suas politicas ambientais mas passa também por cada um de nós.
     À autarquia compete garantir os meios materiais e as politicas incentivadoras da mudança que todos queremos: colocação e manutenção do mobiliário urbano adequado, trabalhadores suficientes e mobilizados, politicas que estimulem a participação cidadã de cada munícipe. 
     Ao portalegrenses (de nascimento ou de opção) compete que reforcemos um comportamento cívico, que em muitos casos tem andado ausente, e que nos imponha a necessidade de colocar o lixo no lixo, de impedir a destruição do mobilário urbano, de transformar as nossas praças e jardins em espaços de lazer para nós e para os nossos filhos e não, como agora, em depósito de dejectos dos cãezinhos que teimamos em ter nos apartamentos.
     Se todos assumirmos a nossa parte, Portalegre voltará a ser a Cidade Branca!

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