A formiga no
carreiro vinha em sentido contrário…*
As forças políticas que gostam de se assumir como “principais” andam cada
vez mais nervosas.
Quer a CLIP quer o Partido Socialista têm vindo a tornar publicas as suas
principais competências: A CLIP, a sua extraordinária capacidade em transformar
maiorias absolutas em absolutas minorias e o PS local a sua notável habilidade
para transformar vitórias “quase certas” em humilhantes derrotas.
A última demonstração foi-nos dada nas páginas do Alto Alentejo nas duas
últimas edições.
Primeiro foi um ex-presidente da Assembleia
Municipal eleito pelo PSD, marido da atual Presidente de Câmara a vir a
terreiro, utilizando uma metáfora que já um anterior ministro das suas cores utilizara
para tentar convencer-nos (baseada nas mesmas “verdades” e com os mesmos
resultados de agora) que eles no poder são as formiguinhas e a oposição as
cigarras madraças e, no caso de Portalegre este é um concelho maravilha que
mais ninguém senão eles, conseguem ver.
Na última semana foi a vez do responsável máximo pelo PS de Portalegre,
reclamar a condição de formiguinha e contar-nos a sua versão do Pinóquio do Grilo
falante num concelho bem diferente do que a CLIP apregoa.
Fez o que lhe competia fazer enquanto Presidente da Concelhia de Portalegre
do Partido que gosta de se afirmar como alternativa para governar Portalegre.
Reconheço-lhe, como não podia deixar de ser, toda a legitimidade para o fazer,
apesar de constatar que não teve a mesma firmeza (ou será lucidez?), para
encontrar entre os socialistas de Portalegre alguém com competências e vontade
para se bater pela Presidência do nosso concelho.
Compreendo até a necessidade que teve em incluir no último parágrafo do seu
escrito uma afirmação que sabe ser mentira mas que a necessidade lhe impõe:
tentar colar a CDU à política desastrosa da maioria (agora minoria) CLIP e que
colocou a cidade e o concelho nos patamares atuais, mas não deixarei de lhe
lembrar utilizando uma canção do Zeca, que a ser formiguinha, está em sentido
contrário e lembrar-lhe que a formiguinha da canção caiu ao Tejo, caiu ao Tejo
ao pé de um septuagenário!
É público que integro a candidatura CDU e todos compreenderão que é com o
olhar de quem se posiciona nesta área que vejo quer as diferentes propostas e
equipas em “competição” quer a obra que realizaram ao longo das mais de quatro
décadas de vivência democrática na cidade e no concelho, mas é na certeza que
são os cada vez mais portalegrenses que comungam deste olhar que estão a pôr
tão nervosos os outros intervenientes nestas eleições.
E deixem que vos diga. Têm muitas razões para tal nervosismo.
Até dia dois de outubro! Nós, os da CDU e alguns outros candidatos (poucos)
continuaremos cá a afirmar os nossos desejos e vontades. Os
outros…possivelmente já terão regressado às suas “casas”!
Diogo Júlio Serra
* publicado no Jornal do Alto Alentejo de 26-09-17