Fruto das mudanças politicas impostas pelo voto dos portugueses e das portuguesas o Alentejo e os Alentejanos puderam retomar os sonhos.
Numa Região onde se adicionam as capacidades de atracção para quantos e quantas queiram usufruir das vivências de inigualável beleza e bem estar que a deslumbrantes paisagens natural e construída, a gastronomia de excelência e o seu património imaterial e a simpatia das suas gentes proporcionam, a mingua de infraestruturas essenciais é mais que desleixo, é crime.
Mas é esta a situação que as políticas de direita impostas por diferentes governos e partidos nos legaram.
No Norte Alentejano a situação é ainda mais visível. Aqui onde se podem absorver as belezas naturais que o o Parque Natural da Serra de S. Mamede ou as Portas do Ródão nos emprestam. Onde nos perdemos extasiados pelos campos de montado, nas praias fluviais e nas inúmeras actividades que as nossas albufeiras permitem. Aqui em que ao imenso património construído juntamos uma cultura milenar e extremamente rica. Aqui, zona da Raya e de atravessamento natural para quem se desloca entre Lisboa e Madrid, vivemos acantonados, fora das rotas naturais de quantos se deslocam de e para a Europa, porque condenados a não podermos garantir a quem nos visita e a quem cá vive acessibilidades confortáveis e seguras.
Fomos coleccionando records negativos. Única capital de distrito que não é servida por auto-estrada e única região do país sem transporte ferroviário de passageiros; campeã no desemprego e nos baixos rendimentos, etc... etc...
Hoje, cortado o ciclo de empobrecimento da região e de roubo dos rendimentos da maioria dos seus habitantes, apesar de nada termos ainda concretizado do que respeita às nossas muitas e legítimas aspirações, ainda assim respiramos melhor.
À direita mais retrógrada que alguma vez em democracia, tivemos no poder, sucedeu um governo suportado numa maioria que tem em comum a sua vontade de inverter os caminhos que as politicas de direita impuseram ao distrito e ao país e pôr fim aos crimes que nos últimos quatro anos foram concretizados.
Ainda não temos resultados mas os caminhos começam a inverter-se.
No próximo dia 14 de Dezembro, por agendamento do PEV, a Assembleia da Republica é chamada a discutir a necessidade de recolocar nos carris do distrito, o transporte de passageiros.
É um pequeno passo? Pois, mas o caminho faz-se caminhando.